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Santa Casa de Lorena reduz 14 toneladas de resíduos contaminantes

postado 02/02/2023
por Santa Casa Lorena



Santa Casa de Lorena reduz 14 toneladas de resíduos contaminantes

De janeiro a dezembro de 2022, a Santa Casa de Lorena reduziu 14 toneladas dos seus resíduos contaminantes, uma queda equivalente a 21% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Em relação ao peso total, o volume passou de 66 toneladas em 2021 para 52 toneladas em 2022.

O ponto de partida para esse resultado foram as ações educativas promovidas em todos setores do hospital, durante os Diálogos de Segurança e Saúde (DDS). A iniciativa fez parte da atualização do Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde (PGRSS) da instituição e foi desenvolvida em parceria com a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA).

De acordo com a coordenadora do PGRSS, Patrícia Helena, a verificação do crescimento do volume de resíduo contaminante, sem que houvesse um aumento de demanda na mesma proporção, foi determinante para novas medidas de conscientização.

“Acompanhamos todo o manejo, da segregação até o destino final, com processos de auditoria, controle diário de pesagem e análise dos volumes frente às demandas da instituição. Percebendo a inconsistência, em conjunto com a CIPA, investigamos a situação e descobrimos que o lixo comum estava sendo descartado de forma indevida. Foi quando decidimos implementar novas medidas para mobilizar e conscientizar as equipes”, explicou Patrícia Helena.

A gerente administrativa da Santa Casa de Lorena, Edluce Silva, destaca o importante papel da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes nesse trabalho participativo. “Conseguimos esse resultado significativo porque houve um empenho muito grande de todos os membros da CIPA e da equipe assistencial, que entenderam a importância da medida e nos ajudaram no processo de reeducação”, afirmou.

No Brasil, as  boas práticas de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde são regulamentadas pela Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) nº 222/2018, da Anvisa, e passam pelas etapas de geração, segregação, acondicionamento, identificação, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final dos resíduos, que são classificados em cinco grupos: infectante, químico, radioativo, comum e perfurocortante.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 20% do lixo hospitalar gerado no Brasil é considerado perigoso, já que é composto por contaminantes, químicos e perfurocortantes. Os lixos comuns gerados no ambiente hospitalar não oferecem risco à saúde, desde que tenham destino correto, exemplo disso são os papéis, as toucas, as máscaras, as luvas, entre outros materiais que podem ser reciclados.

“Quando o lixo comum se mistura ao lixo infectante tudo fica contaminado, ele deixa de ser reaproveitado para reciclagem e ainda gera altos custos para a instituição com serviços de tratamento dos resíduos perigosos. No caso do lixo infectante, os processos de tratamento, ou seja, a autoclavagem e a incineração, são mais caros e ainda geram maior impacto ambiental. Por outro lado, quando o lixo infectante é descartado junto ao saco de lixo comum, há danos ao meio ambiente e riscos de contaminação às pessoas, principalmente à equipe da zeladoria”, destacou Patrícia Helena.

Na Santa Casa de Lorena, todos os resíduos são separados no seu local de origem e encaminhados para a Central de Resíduos, que faz a identificação, o armazenamento, a pesagem dos volumes e a destinação correta. Os lixos infectantes são recolhidos três vezes na semana por uma empresa especializada em tratamento e destinação. Os resíduos comuns são coletados diariamente por uma empresa terceirizada que faz a coleta na cidade de Lorena e encaminha para o aterro sanitário. Além disso, as lâmpadas, pilhas e baterias também têm destino específico dentro da instituição, sendo reservadas em locais apropriados e recolhidas por empresas especializadas. Enquanto o papelão e o óleo vegetal são negociados com empresas de reciclagem local.