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Santa Casa de Lorena realiza a segunda captação múltipla de órgãos de 2023

postado 02/02/2023
por Santa Casa Lorena



Santa Casa de Lorena realiza a segunda captação múltipla de órgãos de 2023

Mais uma família disse sim para a doação de órgãos e deixou novas marcas de solidariedade e amor ao próximo na Santa Casa de Lorena. A instituição hospitalar realizou na noite de segunda-feira (30), através da Organização de Procura de Órgãos e Tecidos (OPO) do Hospital de Clínicas da UNICAMP, a segunda captação múltipla de órgãos de 2023. O procedimento foi iniciado às 22h e encerrado às 4h.

A intervenção para retirada de dois rins, um fígado e duas córneas ocorreu graças à autorização familiar de um paciente do sexo masculino, que foi diagnosticado com morte encefálica após ser conduzido a diversos exames clínicos, realizados por três médicos especialistas e com intervalo de horas para assegurar o resultado permanente e irreversível.

Após a captação, os órgãos foram transportados para o Hospital de Clínicas da UNICAMP, onde serão transplantados de forma sigilosa em pacientes que aguardam em uma lista de espera única, organizada por estado ou região e monitorada pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT).

Os pacientes transplantados receberão assistência integral e gratuita pela rede pública de saúde, desde o exame preparatório até a cirurgia, o acompanhamento e os medicamentos pós-transplante.

O presidente da Comissão Intra Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) da Santa Casa de Lorena, Médico Intensivista e Responsável Técnico da UTI Adulto, Dr. Antonio Fernando, relata que o procedimento não é tão simples e depende de uma interação muito ajustada, entre a unidade hospitalar e a Organização de Procura de Órgãos e Tecidos, para garantir a viabilidade dos órgãos.

“Da suspeita ao diagnóstico da morte encefálica, até o diálogo com a família e a manutenção do potencial doador, tudo depende da nossa equipe da UTI. A partir do momento que a doação é consentida pela família, a equipe da OPO se desloca para a unidade hospitalar, enquanto a equipe do Centro Cirúrgico prepara todo o suporte para que os especialistas de cada área realizem a captação e distribuição a quem é de direito”, ressalta o médico Intensivista, Antonio Fernando.

Dentre os tipos de doação de órgãos no Brasil, existe o transplante intervivos e o transplante do doador de morte encefálica. No primeiro caso, quando o doador e receptor são parentes, basta uma autorização verbal para que aconteça o transplante. Quando não são parentes, precisa de uma autorização judicial para que o transplante aconteça.

No segundo caso, após o diagnóstico de morte encefálica, a escolha da família é fundamental no processo. Apenas com o consentimento familiar será possível fazer a doação dos órgãos. Por isso, é fundamental levar essa pauta para dentro de casa, conversar com o maior número de pessoas possível e manifestar a vontade de ser um doador. É uma escolha que salva vidas todos os anos e que pode minimizar a dor e aliviar o sofrimento durante o processo de luto.

Seja um doador de vidas, converse com sua família!